
- Resenha: O livro do Amanhã
A história começa quando Tamara Godwin, de 16 anos, perde o pai. Ele, um empresário bem-sucedido do ramo de construção, havia falido e tirado a própria vida, deixando a filha e a esposa sem nada. Até a casa elas perderam, e tiveram que ir para o interior, morar com o tio Arthur e sua esposa, Rosaleen.
Jenifer, mãe de Tamara, está vivendo um colapso nervoso. O trauma a fez sair do ar, de forma que Tamara não pode contar muito com ela.
Tamara é uma jovem rebelde que cresceu em meio ao luxo e dinheiro. Sua vida, amizades e hábitos são superficiais, e ela tem o péssimo hábito de ser dura e magoar as pessoas, mesmo quando não quer fazê-lo.
Ao ir morar na casa da antiga guarita da propriedade onde antes havia um castelo, Tamara fica entediada. Sua mãe não sai da cama e ela não tem muito o que fazer a não ser prestar atenção a qualquer coisa corriqueira que aconteça à sua volta. Quando sai para explorar o terreno onde se encontra a casa dos tios, ela descobre as ruínas do antigo castelo e se sente de alguma forma ligada a ele.
Com a chegada de uma biblioteca itinerante, Tamara descobre um livro que se encontra fechado com um cadeado. Ela o pega, e quando consegue abri-lo, descobre se tratar de um diário, que está em branco.
Decidida a escrever no diário, ela o leva escondido até o castelo com a intenção de escrever nele, e qual é sua surpresa quando, ao abri-lo, descobre que ele já está preenchido. Tamara começará a viver uma aventura onde o amanhã irá revelar pequenos segredos que tornarão a sua vida tudo, menos entediada. Os mistérios que envolvem o castelo, e os segredos de sua família, serão, pouco a pouco, revelados.
Fiquei muito impressionada com esse livro. Não é o meu preferido da autora, mas sem dúvida alguma um dos mais surpreendentes. O que achei mais impressionante foi a capacidade dela de criar uma trama tão incrível e emaranhada em um cenário simples do campo. Uma história de amor, intrigas e tragédias capaz de divertir e emocionar ao mesmo tempo.
- Trechos:
“Me acomodei nos degraus inferiores e pus o diário no colo. Girei na mão a pesada caneta que roubara da escrivaninha de Arthur e fitei o livro fechado, na tentativa de pensar no que escrever. Queria que as primeiras palavras significassem algo e não queria cometer um erro. Por fim, pensei num início e abri o livro.
Meu queixo caiu. A primeira página já fora escrita, cada linha preenchida à perfeição… em minha caligrafia.”