- Sebastião Salgado está ajudando a salvar o Rio Doce
- Sebastião Salgado (Por trás das fotos)
Sebastião Ribeiro Salgado Júnior é um famoso fotógrafo brasileiro.
Foi internacionalmente reconhecido e recebeu praticamente todos os
principais prêmios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu
trabalho. Fundou em 1994 a sua própria agência de notícias, "As Imagens
da Amazônia", que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado e sua
esposa Lélia Wanick Salgado, autora do projeto gráfico da maioria de
seus livros, vivem atualmente em Paris. O casal tem dois filhos.
Mais de 1,7 milhão de árvores foram plantadas para reflorestar parte
da Mata Atlântica entre Espírito Santo e Minas Gerais. Por essa
iniciativa, o fotografo Sebastião Salgado e sua esposa, Lélia Wanick,
receberam o Prêmio-E na categoria Educação na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) Rio+20, no Rio de Janeiro.
- Sebastião Salgado (Biografia)
Desistindo de uma promissora carreira de economista, aos 29 anos
Sebastião Salgado abraçou o universo da fotografia e, em pouco tempo, se
tornou o mais prestigiado fotógrafo da atualidade. Fotografando sempre
em branco-e preto e principalmente reportagens sobre a condição humana e
a social, costuma dedicar-se meses ou até anos para desenvolver um
mesmo tema. Mineiro, é o único homem, e o sexto, entre nove irmãs.
Formado em Economia em Vitória, no Espírito Santo, e pós-graduado na
Universidade de São Paulo (USP), trabalhou no Ministério da Economia em
1968. Durante a ditadura militar, foi obrigado a exilar-se, indo morar,
em 1969, em Paris. Na capital francesa, doutorou-se em Economia, em
1971. No mesmo ano, começou a trabalhar na Organização Internacional do
Café, como consultor no controle de plantações na África. Foi estudando
os cafezais africanos que descobriu as possibilidades da fotografia:
melhor meio de retratar a realidade econômica do que textos e
estatísticas. Retornando a Paris, em 1973, iniciou a vida como
fotojornalista. Suas primeiras reportagens, como free lance, foram sobre
a seca na região africana de Sahel (faixa ao sul do Saara) de Níger e
trabalhadores imigrantes na Europa. Entrando para a agência Gamma
(1974), realizou uma série de imagens sobre a Revolução dos Cravos em
Portugal e a guerra civil em Angola e Moçambique. Na agência Sygma
(1975-1979), viajou por mais de 20 países da Europa, África e América
Latina, cobrindo vários eventos. Em 1979, tornou-se membro da Magnum
Photos, uma cooperativa de fotógrafos, fundada em 1947 por Robert Capa e
Henri Cartier-Bresson, entre outros. Iniciou então a comovente série de
fotografias documentais sobre camponeses na América Latina. O trabalho,
que durou sete anos, resultou no livro Autres Ameriques (1986). Em
1986, trabalhando para a Organização Humanitária Médicos sem Fonteiras,
fotografou, durante 15 meses, os refugiados da seca e o trabalho dos
médicos e enfermeiros voluntários na região africana de Sahel da
Etiópia, Sudão, Chade e Mali, o que resultou no livro Sahel – L'Homme en
Détresse. A série Workers, sobre trabalhadores em escala mundial,
realizada de 1987 a 1992, correu o mundo em exposição.
