- O crítico Mauricio Stycer comenta as 10 razões para o grande sucesso da novela "Êta Mundo Bom; assista para curtir!
“Eta Mundo Bom”, está caminhando a todo vapor nos estúdios da Globo.
A nova novela de Walcyr Carrasco está marcando o seu retorno ao horário depois de mais de dez anos.
Já não era sem tempo, pois ninguém aguenta mais as barbaridades da vida, seja ela virtual ou real.
Walcyr Carrasco, este grande novelista, já escreveu tramas de sucesso no início da década de 2000, como “O Cravo e a Rosa” (2001), “Chocolate com Pimenta” (2003) e “Alma Gêmea” (2005). Ambas obtiveram grande repercussão e são lembradas até hoje.
Mas "Êta Mundo Bom", realmente, essa novela nos leva a pureza e a ingenuidade, acima de tudo mostrando que a inocência sempre foi e ainda é a melhor coisa para um mundo que valha a pena ser vivido, isento de estresses e maldades, peculiares das grandes cidades, mas que, devido a intensa disseminação virtual dos atuais noticiários televisivos, espalharam, ensinando como o mal é praticado e vale a pena, devido a impunidade, principalmente para os menos afortunados de Q.I., contaminando, assim, os rincões mais longínquos deste nosso país, outrora bem educado e ordeiro.
É uma lástima que não exista outra forma das tvs sobreviverem com mais dignidade, bonificando-nos com a merecida, escassa e tão almejada paz.
Burro de ‘Êta mundo bom!’ era puxador de carroça e hoje é xodó do elenco: ‘Trago maçã, porque ele ama!’, diz Sergio Guizé
Nem todo burro é ignorante. Intérprete de Policarpo em “Êta mundo bom!”, Juca, de 7 anos, é esperto toda vida. Comilão, o animal só obedece às ordens de bater com uma das patas no chão — como precisa fazer em determinadas cenas da novela — apenas se for presenteado com uma cenoura logo depois. O bichinho é inteligente. Utilizado como carregador de carroça até alcançar o recente estrelato, o mamífero carioca sabe, agora, como evitar dar com os burros n’água. Nas gravações, ele é mimado por todo o elenco.
— Já somos grandes amigos! — brinca Sergio Guizé, o protagonista Candinho da trama, que tem o animal como parceiro inseparável: — Às vezes, trago maçã, porque ele também ama! Fora a cenoura, que dou a todo momento. Juca merece. Ele é muito doce e talentoso.
Selecionado num teste com outros concorrentes, o ator-burro precisou de um mês de preparação para se acostumar às câmeras e holofotes. No início, empacava no caminho com muita frequência.
— Ele era desconfiado, e eu também acabava empacando — entrega Guizé, rindo: — Depois, nossa relação foi ficando cada vez mais próxima. Aí, o Jorge Fernando (diretor) começou a aproveitar todos os nossos imprevistos, nos deixando mais à vontade. Hoje, o Juca reconhece a minha voz e tudo flui muito bem.
Criado num rancho em Sepetiba, na Zona Oeste — e descoberto pela empresa Bichos Artistas —, a estrela-prodígio ainda nem precisou ser substituída por uma de suas dublês, as colegas Madonna e Morena, duas burras que estão sempre a postos para qualquer imprevisto. Fenômeno comum em folhetins rurais de Walcyr Carrasco (veja nas fotos abaixo alguns exemplos), o animal assumiu destaque maior do que muitos humanos por aí. Embora o ator em questão não esconda a burrice — algo impossível —, ninguém jamais ousou dar zero para ele.
— Depois que ele entendeu a proposta, Juca se enquadrou a tudo — diz a treinadora e veterinária Taila Lemos, que acompanha a atual carreira do novato: — Quando puxava carroça, ele via o ser humano como alguém dominador. Hoje, Juca nos vê como parceiros. Às vezes, ele até passa do ponto e acha que é amigo demais. Assim que viu que a vida nova se resumia a comer cenoura e ficar quieto para a câmera, ele passou a curtir mais o ofício.
Para mim "Êta mundo bom" é a melhor novela da atualidade! Parabéns aos autores e atores.
Já que nosso país já piorou desse tanto, resta-nos indagar ao professor, filósofo, Pancrácio: - quando será que vai melhorar?
A nova novela de Walcyr Carrasco está marcando o seu retorno ao horário depois de mais de dez anos.
Já não era sem tempo, pois ninguém aguenta mais as barbaridades da vida, seja ela virtual ou real.
Walcyr Carrasco, este grande novelista, já escreveu tramas de sucesso no início da década de 2000, como “O Cravo e a Rosa” (2001), “Chocolate com Pimenta” (2003) e “Alma Gêmea” (2005). Ambas obtiveram grande repercussão e são lembradas até hoje.
Mas "Êta Mundo Bom", realmente, essa novela nos leva a pureza e a ingenuidade, acima de tudo mostrando que a inocência sempre foi e ainda é a melhor coisa para um mundo que valha a pena ser vivido, isento de estresses e maldades, peculiares das grandes cidades, mas que, devido a intensa disseminação virtual dos atuais noticiários televisivos, espalharam, ensinando como o mal é praticado e vale a pena, devido a impunidade, principalmente para os menos afortunados de Q.I., contaminando, assim, os rincões mais longínquos deste nosso país, outrora bem educado e ordeiro.
É uma lástima que não exista outra forma das tvs sobreviverem com mais dignidade, bonificando-nos com a merecida, escassa e tão almejada paz.
- Êta Burro bom
Burro de ‘Êta mundo bom!’ era puxador de carroça e hoje é xodó do elenco: ‘Trago maçã, porque ele ama!’, diz Sergio Guizé
Nem todo burro é ignorante. Intérprete de Policarpo em “Êta mundo bom!”, Juca, de 7 anos, é esperto toda vida. Comilão, o animal só obedece às ordens de bater com uma das patas no chão — como precisa fazer em determinadas cenas da novela — apenas se for presenteado com uma cenoura logo depois. O bichinho é inteligente. Utilizado como carregador de carroça até alcançar o recente estrelato, o mamífero carioca sabe, agora, como evitar dar com os burros n’água. Nas gravações, ele é mimado por todo o elenco.
— Já somos grandes amigos! — brinca Sergio Guizé, o protagonista Candinho da trama, que tem o animal como parceiro inseparável: — Às vezes, trago maçã, porque ele também ama! Fora a cenoura, que dou a todo momento. Juca merece. Ele é muito doce e talentoso.
Selecionado num teste com outros concorrentes, o ator-burro precisou de um mês de preparação para se acostumar às câmeras e holofotes. No início, empacava no caminho com muita frequência.
— Ele era desconfiado, e eu também acabava empacando — entrega Guizé, rindo: — Depois, nossa relação foi ficando cada vez mais próxima. Aí, o Jorge Fernando (diretor) começou a aproveitar todos os nossos imprevistos, nos deixando mais à vontade. Hoje, o Juca reconhece a minha voz e tudo flui muito bem.
Criado num rancho em Sepetiba, na Zona Oeste — e descoberto pela empresa Bichos Artistas —, a estrela-prodígio ainda nem precisou ser substituída por uma de suas dublês, as colegas Madonna e Morena, duas burras que estão sempre a postos para qualquer imprevisto. Fenômeno comum em folhetins rurais de Walcyr Carrasco (veja nas fotos abaixo alguns exemplos), o animal assumiu destaque maior do que muitos humanos por aí. Embora o ator em questão não esconda a burrice — algo impossível —, ninguém jamais ousou dar zero para ele.
— Depois que ele entendeu a proposta, Juca se enquadrou a tudo — diz a treinadora e veterinária Taila Lemos, que acompanha a atual carreira do novato: — Quando puxava carroça, ele via o ser humano como alguém dominador. Hoje, Juca nos vê como parceiros. Às vezes, ele até passa do ponto e acha que é amigo demais. Assim que viu que a vida nova se resumia a comer cenoura e ficar quieto para a câmera, ele passou a curtir mais o ofício.
Para mim "Êta mundo bom" é a melhor novela da atualidade! Parabéns aos autores e atores.
Já que nosso país já piorou desse tanto, resta-nos indagar ao professor, filósofo, Pancrácio: - quando será que vai melhorar?